Liberdade de escolha ou vontade irracional? - Tomo Literário

Liberdade de escolha ou vontade irracional?

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Publicado pela Editora Edipro, o clássico texto de Schopenhauer "A liberdade da vontade" desvenda os princípios da ética e da autoconsciência

 

Faça o que deseja, mas continuará infeliz, o ser humano é incapaz de satisfazer a si próprio, pois sempre vai desejar o que não tem. Esse é um dos pensamentos apresentado na primeira obra de sucesso escrita pelo filósofo Arthur Schopenhauer, A liberdade da vontade, publicado originalmente em 1893.

 

Lançamento da Editora Edipro, o célebre ensaio, extraído do livro Os dois problemas fundamentais da ética, nasceu de uma pergunta da Real Sociedade Norueguesa de Ciências de Drontheim: “pode a liberdade da vontade humana ser demonstrada a partir da autoconsciência?” A questão foi ponto de partida para Schopenhauer destrinchar os fundamentos da ética e desvendar dois problemas fundamentais da vida: a liberdade da vontade e a realidade do mundo externo. 

 

Para o filósofo, a ética consiste no campo mais sério da investigação humana, pois subjetivamente, “afeta de maneira imediata a cada um de nós, e a ninguém pode ser alheio ou indiferente.” Em A liberdade da vontade, Schopenhauer tem como objeto de pesquisa o homem, cuja conduta ele busca esclarecer do ponto de vista do valor e da motivação das vontades humanas, ou seja, da liberdade de agir.

 

A própria vontade é livre? Aqui o conceito de liberdade, que até aí fora pensado apenas referido ao poder, foi posto em relação ao querer, donde surgiu o problema sobre se então o próprio querer seria livre. Contudo, considerado mais de perto, o conceito original, popular e puramente empírico de liberdade se mostra incapaz de entrar em conexão com o querer.  Pois, segundo esse conceito, livre significa conforme a própria vontade.” (A liberdade da vontade, Schopenhauer – p.59)

 

O pensador apresenta a ideia do mundo como vontade, uma essência irracional de tudo que existe. Schopenhauer considera o indivíduo dotado de uma consciência da realidade. Além de compreender que o desejo faz parte de uma percepção individual de liberdade –, ao mesmo tempo em que vê o homem como portador de um caráter inato e imutável das manifestações empíricas de sua vontade.

 

A liberdade da vontade traz reflexões profundas aos leitores sobre ética, livre-arbítrio, autoconsciência e as causas que movem as pessoas em diversos contextos da vida. Ainda, esse volume inclui dois prefácios originais escritos pelo filósofo presentes na edição comemorativa aos 200 anos de Schopenhauer, que reproduz a segunda e definitiva edição alemã, de 1860, presentes na obra Os dois problemas fundamentais da Ética, que reuniu os ensaios A liberdade da vontade e O fundamento da moral.

 



Ficha técnica 


Título: A liberdade da vontade
Autor: Arthur Schopenhauer
Editora: Edipro
Assunto: Filosofia 
Edição: 1ª edição, 2021 
Número de páginas: 144 
Onde comprar:
https://amzn.to/3s1SBRC

Sinopse:

 

Este ensaio premiado foi a primeira obra de Schopenhauer aclamada pelo público e a abrir espaço para este que viria a se tornar um dos grandes pensadores da filosofia ocidental. E por conter as bases de seu pensamento, é indicada como leitura inicial aos estudos de sua filosofia. Neste clássico, escrito como resposta a um concurso promovido pela Sociedade Real Norueguesa de Ciências, Schopenhauer responde à seguinte questão: “Pode a liberdade da vontade humana ser demonstrada a partir da autoconsciência?”. O leitor encontrará aqui reflexões a um tempo pertinentes e relevantes para a discussão contemporânea sobre a questão do livre-arbítrio. Esta edição inclui os dois prefácios do autor presentes na edição comemorativa aos 200 anos de Schopenhauer, que reproduz a segunda e definitiva edição alemã, de 1860, da obra Os dois problemas fundamentais da Ética, que reuniu os ensaios A liberdade da vontade e O fundamento da moral.

 

Sobre o autor: 

 

Nascido em Danzig, em 1788, Schopenhauer foi um importante filósofo alemão, que influenciou o pensamento do século XIX e continua a influenciar até os dias de hoje. Seu modo de pensar não se encaixa em nenhum dos grandes sistemas de sua época. Foi ele quem introduziu o budismo e o pensamento indiano na metafísica alemã. Ficou vulgarmente conhecido por seu pessimismo e influenciou grandes escritores, como Léon Tolstoi, Kafka e o brasileiro Machado de Assis.

 

Sobre o tradutor:

 

Gabriel Dirma Leitão é doutor em Filosofia pela UERJ.

 

Sobre a apresentação:

 

Guilherme Marconi Germer é doutor em Filosofia pela Unicamp e pós-doutorando em Filosofia pela USP.

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