Todo dia é domingo

 

“Com este livro, revela Geny Vilas-Novas uma nova área do Brasil, tal como fizera Rosa em Grande Sertão: Veredas, na descoberta de um país que os escritores fazem, tornando-o mais claramente visível e compreensível através das palavras e dos personagens que as usam.”

Antônio Olinto, Academia Brasileira de Letras

As lembranças da infância, dos pais e da vida em família na escuna que era a casa do Sítio de Cima, ao pé da serra em Minas Gerais, são o ponto de partida do novo romance da escritora mineira Geny Vilas-Novas. “No lugar do meu coração preciso colocar uma pedra”, diz – e repete –a narradora, como um mantra que pudesse anular a memória, as fotografias antigas e tão nítidas, os esconderijos no porão da casa-escuna que tudo abriga, tantas vidas.

Geny Vilas-Novas é fiel a seu estilo, e narra a vida cotidiana com todas as suas tramas e seus dramas se entrelaçando numa teia literária que talvez fosse impossível de criar se fosse só invenção. E ao mesmo tempo ela nos conta essas histórias, que vêm desde a mitologia clássica ou do folclore brasileiro, como numa conversa íntima ao pé do ouvido, com uma intimidade que é quase como se já conhecêssemos os personagens antes mesmo de nos serem apresentados.

Para quem já leu os outros romances da autora, este livro é mais uma peça de um quebracabeça que remonta uma vida, ou muitas. Para quem ainda não conhece a obra da autora, Todo dia é domingo é uma ótima porta de entrada para um universo de encantamento com aquilo de melhorque a literatura pode oferecer: escrita com alma.

Sobre a autora:

Geny Vilas-Novas, escritora mineira, é autora dos romances “Fazendas ásperas”, “Flores de vidro”, “Onde está meu coração” e “O vento gira em torno de si” (todos da Ed. 7Letras). “Fazendas ásperas” e “Uma história dentro da outra e lendas do Rio Doce” (infantil, Ed. Zit) foram merecedores de menção honrosa no Concurso Internacional de Literatura da União Brasileira dos Escritores RJ (2018). Seu conto “Três Marias” recebeu menção honrosa no Concurso Adélia Prado da Academia Feminina Mineira de Letras em 2019.