Editora
Cienbook, do Grupo Edipro, republica obra vencedora do prêmio Goethe, na
Alemanha, em 1930, "O Mal-estar na civilização" em um momento de
importante questionamento sobre o futuro da humanidade
A liberdade dos impulsos, a possibilidade de
realização dos desejos mais profundos, a agressividade do sujeito e a opressão
civilizatória da cultura. Seja por meio da religião, normas sociais e ditos
bons costumes, esses fatores exercem pressão nos indivíduos e geram debates
acalorados desde 1930, quando o pai da psicanálise, Sigmund Freud,
os elencou de maneira clara e contundente em sua obra O Mal-estar na
Civilização. Republicado pela Cienbook, do Grupo Editorial Edipro, em um
momento de importante questionamento sobre o futuro do mundo, o livro traz a
teoria freudiana sobre dois dos conflitos mais antigos da sociedade: as regras
e as pulsões primitivas do homem.
Sucesso
desde sua primeira edição, “O Mal-estar na civilização” esgotou rapidamente os
12 mil exemplares de sua primeira tiragem publicada. Escrito nove anos antes da
morte de Freud, e já às portas da ascensão do nazismo, o livro não só conta com
todos os principais conceitos psicanalíticos desenvolvidos por ele ao longo de
sua vida, como também se soma à intensa observação freudiana sobre a terrível
realidade do sombrio futuro que se aproximava.
Freud
apresenta o homem afastado de toda a possibilidade de realização plena de seus
instintos, sem nenhuma chance de satisfazer-se verdadeiramente e condenado a um
estado permanente de neurose. Nesse sentido, o pai da psicanálise revela que a
comunidade é composta por elementos desiguais, fundamentados nas relações entre
o sujeito e o objeto, que deixa a angústia dos homens e mulheres expostos à lei
que rege a massa. Diante dessas pesquisas, Freud apresenta sua brilhante tese e
aponta a cultura como uma causa de mal-estar para a humanidade; a civilização
submetendo a pulsão como sacrifício ao dito bem comum.
De forma
brilhante, Freud escreve que a vida em sociedade, a cultura civilizatória, só é
possível com a renúncia de cada sujeito ao que lhe é mais intrínseco: a
sexualidade e a agressividade – tendências consideradas ameaçadoras à ordem da
comunidade.
Com essa
obra atemporal, Sigmund Freud traz os embates que se
apresentam em todo o agrupamento humano: o sujeito com suas características
únicas, e o poder civilizatório. Logo, ele deixa claro nesse livro, que por
mais que cada sociedade tente domar cada um que a compõe, sempre haverá pilares
imutáveis. Pois os instintos encontrarão um caminho possível de realização.
Publicado
pela Edipro, O Mal-estar da Civilização é
um livro em que as teorias mais concretas e geniais de Freud aparecem
e dão vazão à pesquisa de toda uma vida sobre os homens, seus sonhos, seus
desejos e as limitações que lhes são impostas.
Ficha
técnica:
Editora: Cienbook
Assunto: Psicanálise
ISBN: 9788568224175
Edição: 1ª edição, 2020
Número de páginas: 96
Link de venda: https://amzn.to/3bjYuS4
Sobre o autor:
Apesar de não ter sido o primeiro médico a
propor técnicas de tratamento mental para a cura de doenças não detectadas
organicamente, Sigmund Freud (1856-1939) é considerado o pai da psicanálise por
causa de seus esforços e sua dedicação a essa nova disciplina. Ele iniciou suas
investigações ao observar a melhora de pacientes histéricos submetidos à
hipnose, analisados principalmente no trabalho do médico francês Jean-Martin
Charcot. A partir de então, desenvolveu uma série de teorias sobre o
inconsciente, vindo a abandonar a hipnose e dando lugar à cura pela fala.
Destacam-se em sua teoria a análise do sonho como realizador de desejo, o
Complexo de Édipo e a Repressão. Inicialmente marginalizados pela classe médica
de Viena por causa de suas ideias sobre o tratamento psicanalítico, seus
escritos começaram a se popularizar pelo mundo no início do século XX,
recebendo apoio de outros médicos ― como Carl Jung, por exemplo ―, que culminou
com a criação do Movimento Psicanalítico. De família judaica, teve seus livros
queimados na ascensão do nazismo e refugiou-se em Londres, onde morou até sua
morte, aos 83 anos de idade.
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