A escritora Renata Maggessi conversou com o
Tomo Literário e falou sobre contos publicados, a ABERST, o mercado literário para as
mulheres, revelou que vem livro novo por aí e falou sobre outros assuntos que
você vai gostar de saber.
Tomo
Literário: Como foi o seu primeiro
contato com a literatura?
Renata
Maggessi:
Eu escrevo desde pequena, mas o primeiro contato com o mundo literário foi
através das antologias de contos.
Tomo
Literário: Quando e como você decidiu se
tornar escritora?
Renata
Maggessi:
Sempre tive o sonho de ser escritora. Certo dia, andando de metrô, tive a ideia
para o meu primeiro livro, e decidi escrevê-lo.
Tomo
Literário: Teto de Isopor é seu conto que está presente na antologia Arquivos
do Mal. Como foi participar desse livro?
Renata
Maggessi:
Teto de Isopor foi o meu primeiro conto (escrito e publicado) e o que me abriu
muitas portas. Através do Arquivos do Mal passei a conhecer escritores
incríveis, que me ajudaram (e ajudam) nessa caminhada.
Tomo
Literário: Você também tem conto publicado na antologia Era Uma Vez, da Editora
Coerência. Nesse caso, uma antologia que tem contos de fantasia. Como é
transitar entre gêneros diferentes da literatura?
Renata
Maggessi:
Três Reinos foi um grande desafio. Eu nunca tinha trabalhado com fantasia, mas resolvi
arriscar, e foi com muita alegria que vi meu conto selecionado ao lado de
outros grandes talentos.
Tomo
Literário: Você também tem conto no livro A Hora Morta – Volume 2, publicado
pela Luva. Como você vê o cenário para as escritoras brasileiras do gênero de
terror? Estão conquistando mais espaço?
Renata
Maggessi:
As mulheres resolveram dar “a cara a tapa”. Quando enviei o conto para o
Arquivos do Mal, muitas pessoas me diziam para abreviar meu prenome e assinar
R. Maggessi, mas fui contra, afinal, essa é a minha identidade. Por que
mulheres precisam apenas escrever romances? Mulheres incríveis, como Soraya
Abuchaim, Claudia Lemes e Karen Alvares (só para citar algumas) estão quebrando
esse tabu.
Tomo
Literário: Você é uma das escritoras
associadas a ABERST – Associação dos Escritores de Romance Policial, Suspense e
Terror. É uma entidade importante para o fortalecimento dos gêneros. E você é
uma das convidadas que estará em Mulheres de Sombras, evento da entidade. Quais
as expectativas?
Renata
Maggessi:
Apesar daquele frio na barriga, as expectativas são as melhores. Ainda estou
engatinhando perto de autoras que já têm grande experiência no mercado
literário e, por isso, vou agarrar essa oportunidade para aprender ainda mais.
Tomo
Literário: Seu primeiro livro escrito
ainda é inédito. Pode nos contar como surgiu a ideia desse livro? E pretende
publicá-los?
Renata
Maggessi:
Como disse anteriormente, eu estava no metrô de São Paulo e uma cena veio à
minha cabeça. Essa cena está no meio do livro, mas foi a partir dela que toda a
trama se desenvolveu. O livro chama-se O Canto da Cigarra, e será publicado
pela Livros Prontos Editora.
Tomo
Literário: Sei que você é jornalista e atua também com revisão de textos. Há
muita complexidade no trabalho de revisora? Como é a relação com os autores?
Renata
Maggessi:
Alguns autores veem a si mesmos como estrelas e
ninguém pode mexer no seu texto, ainda que a construção do período não esteja
boa. Há outros que aceitam e entendem que o revisor não pretende ser um
coautor, mas limpar o texto. Então, é um trabalho de formiguinha, mas, na maior
parte das vezes, a interação com os autores é muito boa.
Tomo
Literário: De modo geral o que te inspira a escrever?
Renata
Maggessi:
A urgência de pôr meus fantasmas para fora.
Tomo
Literário: Você está trabalhando em algum novo projeto literário? Pode nos
contar?
Renata
Maggessi:
Estou com dois projetos, no momento. Um é Os Supremos (Editora Coerência), que
foi idealizado pelo autor Raphael Miguel e que conta ainda com a participação
de Jadna Alana e Jefferson Andrade. Ao aceitar esse desafio, precisei sair
totalmente da minha zona de conforto e idealizar uma personagem dotada de
superpoderes. Foi uma experiência incrível criar a Sonda, uma super-heroína que
invade máquinas e causa tremores de terra. Além disso, estou escrevendo meu
segundo livro, também um romance policial.
Renata Maggessi | Foto: Reprodução |
Tomo
Literário: Quais são os escritores que você admira ou que exerceram alguma
influência sobre o seu trabalho como escritora?
Renata
Maggessi:
Primeiro, citarei os clássicos: Agatha Christie e Clarice Lispector. Dos
autores da atualidade, gosto muito de Raphael Montes, Victor Bonini, Michael
Connelly e Harlan Coben. Também não posso deixar de citar a Soraya Abuchaim e o
Raphael Miguel, autores com quem tive o prazer de trabalhar em alguns projetos
e com quem aprendo muito.
Tomo
Literário: Que livros, de quais gêneros, você recomenda aos leitores? De que
forma esses livros te tocam?
Renata
Maggessi:
Vou recomendar o livro que estou lendo no momento: O Casamento, de Victor
Bonini. Nada melhor do que um bom suspense para nos tirar da zona de conforto e
expor coisas que, de outra forma, não teríamos coragem de enfrentar.
Tomo
Literário: Deseja deixar algum comentário para os leitores?
Renata
Maggessi:
Gostaria de dizer aos leitores que temos escritores talentosíssimos no Brasil,
que merecem ser lidos e ter seus trabalhos divulgados. Também gostaria de
convidá-los para o evento Mulheres de Sombras, que acontecerá no dia 3 de
março, às 14h, na Avenida Iraí, 1363 – Planalto Paulista (https://www.facebook.com/events/343354386073512/?ti=cl).
Conheça os livros de Renata Maggessi:
Arquivos
do Mal
Conto:
Teto de Isopor
Pelas ruas escuras de uma
cidade que nunca dorme, algo caminha invisível. Nos locais históricos que
compõem uma metrópole, algo se esconde inquieto. Por trás das janelas sem luz
de construções conhecidas, algo – ou alguém – observa.
Entre contos e casos, os
espíritos e demônios transitam pelas avenidas de São Paulo, junto dos
passantes, misturando-se aos viventes. Suas histórias, terríveis, perduram e
viajam no sopro da noite e forçam a cidade a nunca se esquecer de quem foram,
ou talvez de quem ainda são: apenas almas perdidas, torturadas pelo inferno,
tendo o mapa turístico de uma selva de pedra como único registro de onde, um
dia, costumavam passar.
Quando o terror e a loucura
se misturam com a realidade, somente os arquivos das tenebrosas histórias
poderão revelar ao mundo os fatos como ocorreram, e não como foram imaginados.
Uma investigação que busca respostas, mas que no fim chegará a apenas uma
assombrosa conclusão: seja em um velho teatro, em um antigo cemitério ou em uma
praça que um dia fora palco de execuções, o mal existe, e está à espreita de
qualquer um que ouse desafiá-lo.
Era Uma
Vez
Conto:
Três Reinos
Era uma vez… um livro sobre
princesas…
Tudo começou com os contos
de fadas, com o modelo de princesas a ser seguido. Sempre bem-educadas, com
pele alva, um castelo e um príncipe em um cavalo branco. Mas e se a história
real, aquela que as pessoas escondem, não for bem assim? Embrenhadas em
florestas, envoltas por livros espessos de encantamentos, vivendo entre nós e
também em mundos paralelos, nossas princesas trazem segredos que prometem
revolucionar os contos de fadas em que eram submetidas.
Bem-vindo à verdadeira
realeza.
A Hora
Morta – Volume II
Conto:
Batidas na Janela
Chamada de Hora Morta, ou Hora do Diabo, as
3h da manhã tornou-se conhecida por ser o horário em que os portais para o
submundo são abertos aumentando a influência de manifestações demoníacas e
maldições espirituais sobre a Terra. Alguns dizem que esse acontecimento tem
relação direta com o horário da morte de Cristo, às 3h da tarde, ou seja, seu
oposto: a cruz invertida. Outros afirmam que é uma maneira dos espíritos
malignos tripudiarem do próprio cristianismo, baseado na Santíssima Trinidade.
Em Latim,
male e dicere, formam a expressão maledicere, que a partir do cristianismo
tomou o significado de oposto ao sagrado. Contudo, ninguém sabe ao certo a
origem dos atos, palavras, objetos e seres malditos; tampouco como nasce uma
maldição. Por esse motivo, a Luva Editora convocou um estrelado time de autores
para guiá-los entre diversos relatos que até hoje assombram as madrugadas.
Disponível no site da Luva Editora.
Insanidade
Conto: Inferno
A antologia reúne inumeros
contos assombrosos cheios de medo e sangue.
As portas estão abertas, tem
coragem de entrar em Santa Dimpna?
Década de 1950. Em uma cidade esquecida no interior do Acre, norte do Brasil, há um sanatório centenário que trata pacientes portadores das mais diversas doenças mentais. Em meio à construção de pedras cinzentas e geladas, sob o sol inclemente de um verão quente e eterno, escondem-se segredos capazes de assombrar as noites mais tranquilas.
Década de 1950. Em uma cidade esquecida no interior do Acre, norte do Brasil, há um sanatório centenário que trata pacientes portadores das mais diversas doenças mentais. Em meio à construção de pedras cinzentas e geladas, sob o sol inclemente de um verão quente e eterno, escondem-se segredos capazes de assombrar as noites mais tranquilas.
Quartos transformados em celas, salas escondidas,
laboratórios secretos, experimentos em humanos. O que acontece atrás
daquelas paredes? Quem são os "doentes"? Quais suas histórias?
Médicos impiedosos, enfermeiras maléficas, gritos que cortam
a noite escura. Bem vindo ao sanatório Santa Dimpna.
Disponível no site da Editora Skull.
Para
ler no Wattpad:
O
Presente – Um conto de natal nada feliz
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