Muitas vezes a sociedade impõe padrões que
nem sempre são alcançáveis. Pode ser um corpo escultural, ou então conseguir
lidar com emprego, família e vida social, tudo de uma vez, sem um deslize.
Nisso, também percebe-se a questão do machismo enraizado tão profundamente na
população, que nem sempre é identificável de primeira.
Pequenos comentários como “Você fica melhor
sem maquiagem!” ou “Que linda! Parece uma princesa!” podem parecer inofensivos,
mas alimentam um comportamento de vaidade e objetificação da mulher para sempre
estar bonita (mesmo que ‘naturalmente’), apresentável, e aguentar
(comportadamente) os procedimentos e rituais para se conseguir tal feito. Além
disso, se coloca que o único valor feminino, é a aparência.
Ainda, outros pensamentos como “Vestida desse
jeito...você estava pedindo” ou “Se não quer que eu olhe, por que se veste
desse jeito?” são ainda mais perigosos. Insinuam que a culpa pelas ações de
terceiros é da vítima, e mostram que o respeito ao corpo do outro é nulo.
Em situações assim, no qual a enraização do
pensamento é tão profunda, é importante quebrar o estigma logo cedo. O
feminismo e empoderamento feminino não são apenas para trazer igualdade de
direitos entre homens e mulheres, mas também acabar com pensamentos como esses,
que estão em diversas famílias e na criação das crianças, nos pensamentos não
apenas de homens, mas de mulheres também.
Por isso, o incentivo de que não existe um
padrão a se seguir é importante. Além de que o que você decidir para a sua
vida, será o correto. O seu corpo, as suas regras. Quando envolve uma outra
pessoa, sempre haverá o diálogo. E também sempre deve haver o respeito e a
empatia. A questão do amor próprio, sem a necessidade de reafirmação com o
próximo, é importante nesse sentido. Respeitar as suas vontades, as suas
decisões, e não “dar o braço a torcer” pois outra pessoa não gostou.
No livro da psicóloga e escritora Beatriz
Cortes, a personagem principal reforça a mensagem de respeito e amor próprio.
No lugar de fala de pessoas que querem esperar o matrimônio para, então,
iniciar as relações sexuais, a personagem Alice deixa o abusivo e traidor
ex-namorado, para respeitar a decisão que tomou. E aprende que apenas terá como
parceiros, pessoas que respeitem e entendam que o corpo é dela, e ela escolhe
quando e com quem quer ter a sua primeira vez.
Sinopse
do livro Meu Doce Azar:
Quando a sorte é sua
grande inimiga, conquistar o cara ideal é quase uma missão impossível
Alice é
uma engenheira bem-sucedida que acaba de descobrir que carrega na cabeça um
belo par de chifres. Inconformada com a situação, resolve abandonar o passado e
seguir um novo caminho.
Mediante
às suas novas escolhas, Alice é apresentada ao ruivo que produz nela
sentimentos até então desconhecidos, pelos seus 25 anos. Para conseguir chamar
a atenção do “Ed Sheeran” brasileiro, ela conta com a ajuda de sua melhor amiga
encalhada e seu irmão gêmeo desajeitado.
Um romance
azarento e fofo, Meu doce azar vai lhe trazer ótimas gargalhadas e a seguinte
“incógnita”: dá para conquistar o amor da sua vida sem um empurrãozinho da
sorte?
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Foto: Reprodução |
Sobre a
autora:
Beatriz Cortes é uma autora jovem pronta para transformar suas ideias
e sentimentos em páginas de livros. Psicóloga, com 23 anos e nascida no
interior do Rio de Janeiro, em meio a grande variedade de livros disponíveis no
mercado, Beatriz Cortes faz parte de uma geração que se orgulha de poder
contribuir para o crescimento e fortalecimento da literatura nacional. Leitora
assídua desde a infância, a jovem é a autora de três livros publicados pela
Novo Século Editora em seu selo principal, O outro lado da memória, Por uma
questão de amor e Aonde quer que eu vá, romances que são capazes de emocionar
leitores de todas as idades. Em Meu doce azar, a autora se desafia em um novo
estilo, prometendo discutir com bom humor o importante papel da mulher na
sociedade.
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