O Menino
Maluquinho – Ziraldo
O livro foi lançado em 1980. Seu protagonista, o Menino
Maluquinho, é um garoto tão menino quanto qualquer outro de sua idade. Na grande obra infantil de Ziraldo, verso e desenho
contam a história de um menino traquinas que aprontava muita confusão. Alegria
da casa, liderava a garotada, era sabido e um amigão. Fazia versinhos, canções,
inventava brincadeiras. Tirava dez em todas as matérias, mas era zero em
comportamento. Menino maluquinho, diziam. Mas na verdade ele era um menino
feliz. A panela na cabeça é sua marca registrada. Em 1981 o livro ganhou
o Prêmio Jabuti e se tornou um dos grandes fenômenos editoriais do Brasil. Além
de sucesso em livro, “O Menino Maluquinho” virou filme no cinema na década
seguinte, mais precisamente, no ano de 1995.
O livro infantil conta a história de Marcelo, um menino
muito curioso que vivia fazendo perguntas. Um certo dia, ele cismou com os
nomes das coisas e resolveu mudá-los. As outras histórias, citadas no título do
livro são de Teresinha e Gabriela, que descobrem a identidade na diferença e de
Carlos Alberto, que entende que não temos nada sem amigos.
Série Vaga-lume –
Vários Autores
A série Vaga-lume de livros foi lançada pela Editora
Ática a partir de 1972, mas teve grande sucesso na década de 80. Na ocasião foi
adotada em muitas escolas do país. Alguns dos títulos publicados foram:
A ilha perdida, de Maria José Dupré;
Cabra das rocas, de Homero Homem;
O caso da borboleta Atíria, de Lúcia Machado de Almeida;
O escaravelho do diabo, de Lúcia Machado de Almeida;
O mistério dos morros dourados, de Francisco Marins;
Pega ladrão, de Luiz Galdino;
Açúcar amargo, de Luiz Puntel;
O rapto do garoto de ouro, de Marcos Rey.
Feliz ano velho –
Marcelo Rubens Paiva
Foi publicado em 1982. O livro é um relato
verdadeiro do acidente que deixou Marcelo tetraplégico, a poucos dias do Natal
de 1979. Jovem paulista de classe média alta, vida boa, muitas namoradas,
estudante de Engenharia Agrícola, ele vê sua vida se transformar num
pesadelo em questão de segundos. Durante um passeio com um grupo de amigos,
Marcelo, de farra, resolve dar um mergulho no lago. Meio metro de profundidade.
Uma vértebra quebrada. O corpo não responde. Começa ali, naquele mergulho, a
história de “Feliz ano velho”. A
partir do acidente, Marcelo vê sua vida mudar radicalmente. Seus dias no
hospital, as visitas que recebeu, as histórias que viveu são relatadas sob uma
nova perspectiva: a de um jovem que sempre fez tudo o que podia e queria, e
que, agora, sentado em uma cadeira de rodas, vê-se dependendo da ajuda de amigos e familiares para reaprender a
viver.
As brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley
Embora a obra tenha sido
publicada em 1979, foi na década de 80 que conquistou muitos leitores. A
Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore são os
quatro volumes que compõem “As Brumas de Avalon” - a grande obra de Marion Zimmer
Bradley -, que reconta a lenda do rei Artur através da perspectiva de suas
heroínas. Guinevere se
casou com Artur por determinação do pai, mas era apaixonada por Lancelote. Ela
não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias
conseqüências políticas para o reino de Camelot. Sua dedicação ao cristianismo
acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob a influência dos padres
cristãos, apesar de seu juramento de respeitar a velha religião de Avalon. Além da mãe de Artur, Igraine e de Viviane, a Senhora
do Lago que é a Grande Sacerdotisa de Avalon, uma outra mulher é fundamental na
trama: Morgana, a irmã de Artur. Ela é vibrante, ardente em seus amores e em
suas fidelidades, e polariza a história com Guinevere, constituindo-se em a sua
grande rival. Sendo uma sacerdotisa da Avalon, ela tem a Visão, o que a
transforma em uma mulher atormentada.
Trata-se, acima de tudo, da história do conflito
entre o cristianismo, representado por Guinevere, e da velha religião de
Avalon, representada por Morgana. Ao
acompanhar a evolução da história de Guinevere e de Morgana, assim como dos
numerosos personagens que as cercam, acompanhamos também o destino das terras
que mais tarde seriam conhecidas com Grã-Bretanha. “As Brumas de Avalon” evoca
uma Bretanha que é ao mesmo temo real e lendária - desde as suas desesperadas
guerras pela sobrevivência contra a invasão saxônica até as tragédias que
acompanham Artur até a sua morte e o fim da influência mítica por ele
representada. Igraine,
Viviane, Guinever e Morgana revelam através da história de suas vidas e
sentimentos a lenda do rei Artur, como se ela fosse nova e original.
O livro foi lançado em 1982
e virou best-seller instantaneamente. Este livro nasceu da gravação do
depoimento de Christiane F. em 1978 então com 15 anos - ela depunha como
testemunha num tribunal de Berlim. Esta história ensina mais do que o mais bem
documentado relatório sobre a situação de uma grande parte da juventude.
Christiane F. quis que este livro fosse a público. Como quase todos os viciados
em drogas, desejava romper o silêncio opressivo que cerca a questão dos tóxicos
entre adolescentes. Ao depoimento de Christiane F. juntou-se declarações de sua
mãe e de outras pessoas que dela se ocuparam, assim completando a análise com
uma perspectiva diferente. Na década de 80 o livro era “desaconselhável
para menores” (vinha com esse aviso na capa) e muitos pais torciam o nariz só
de pensar em ver seus filhos com o livro nas mãos. Em 1982 foi o ano também que
o livro virou filme, contando com a participação do cantor David Bowie.
Síndrome de Peter Pan – Dan Kiley
O livro foi publicado em
1987. Síndrome de Peter Pan é um estado de imaturidade emocional que começa com
ansiedade e narcisismo e termina em desespero. É um fenômeno
sociopsicológico detectado em homens que, embora tenham atingido a idade
adulta, são incapazes de encarar os sentimentos e as responsabilidades dos
adultos. No esforço de esconder seus fracassos, recorrem ao fingimento e à
falsa alegria.
O livro entrou na lista dos mais vendidos em 1987. Fala
sobre o conflito da mulher moderna, que tem necessidade de ser independente,
mas também de ser amada. Num
livro fundamental para a mulher, a autora explora suas idéias acerca da
psicologia feminina. Segundo ela, as mulheres desejam ser cuidadas e aliviadas
das responsabilidades essenciais para consigo mesmas. Colette fez fortuna com os
direitos autorais do livro, mas perdeu tudo na década seguinte. A autora sofria
de oniomania, doença em que a pesoa compra compulsivamente até ficar totalmente
sem dinheiro.
O livro foi escrito em 1985 e vendeu mais de
um milhão de exemplares. Uma turma de adolescentes enfrenta o mais diabólico
dos crimes. Num clima de mistério e suspense, cinco estudantes - os Karas -
enfrentam uma macabra trama internacional - o sinistro Doutor Q.I. pretende
subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa
droga. E essa droga já está sendo experimentada em alunos dos melhores colégios
de São Paulo. Este é um trabalho para os Karas - o avesso dos coroas, o
contrário dos caretas.
“O diário de um mago”
lançado em 1987 preparou o caminho para o sucesso internacional do livro “O
alquimista”, de Paulo Coelho. Em muitas maneiras, esses dois livros estão
conectados para realmente compreender um, você precisa ler o outro. É preciso
mergulhar dentro desse cativante relato da peregrinação de Paulo Coelho pelo
Caminho de Santiago de Compostela. Essa fascinante parábola explora a
necessidade que temos de encontrar nosso próprio caminho. No final, descobrimos
que o extraordinário está sempre presente na vida simples e normal das pessoas
comuns. Parte uma história de aventura, parte um guia para o autoconhecimento,
essa narrativa apaixonante entrega a perfeita combinação entre encanto e
discernimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.