Black Hole é a mais importante graphic novel de Charles Burns e chega aos leitores por meio da DarkSide Books.
Publicada de forma seriada durante uma
década, foi reunida em 2005 para aclamação mundial e reforçou o lugar do
artista como o mestre dos quadrinhos independentes de horror.
O obstinado terror existencialista da obra de
Burns é composto apenas pelo trabalho em pincel, de alto contraste em preto e
branco, que presta homenagem ao horror sutil dos primeiro filmes do gênero, e
desde cedo se tornou um dos estilos mais reconhecidos de toda a arte sequencial
contemporânea, instantaneamente familiar assim que é visto em alguma antologia
ou na capa de revistas como New Yorker e The Believer.
Black Hole se passa nos arredores de
Seattle, extremo noroeste dos Estados Unidos, em meados da década de 1970,
quando uma praga inominável e traiçoeira se alastra entre os adolescentes
locais através do contato sexual e parece não poupar ninguém. Ela se manifesta
de maneira diferente em cada um dos infectados — enquanto alguns apresentam
apenas manchas na pele, algo sutil e fácil de ocultar, outros se transformam em
grotescas aberrações, vagas lembranças do que foram um dia. E uma vez que você
foi contaminado, não há mais volta. Para estes seres monstruosos, não há
alternativa além do auto-exílio em acampamentos precários, na floresta que
circunda a região.
Conforme vamos nos familiarizando com os
diversos protagonistas da história — garotos e garotas que foram infectados,
outros que não foram e aqueles que estão prestes a ser —, o clima de horror,
delírio e insanidade toma conta dos adolescentes. Black Hole apresenta um retrato soberbo e inquietante da
alienação dos tempos colegiais, repleto de selvageria e crueldade e hormônios à
flor da pele, que dialogam com a angústia, o tédio e as necessidades mais
profundas de nossa própria aceitação que dominam essa época da vida.
Acrescente a HQ na sua lista de leituras. E
para facilitar, adquira lá na Saraiva.
Nota: texto adaptado do site da Editora
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