No
livro Maion –
ancestralidade e história, Zabelê caminha às margens de um rio
e se depara com uma bela sereia: Uiara, a protetora das águas doces. A figura
mítica tupi-guarani zela pelas mulheres da família da menina desde que atendeu
ao chamado de Iemanjá e conheceu a avó dela. É este encontro que desperta na
criança a curiosidade sobre a ascendência materna.
A obra infantojuvenil escrita pela historiadora Patrícia Rodrigues Augusto Carra narra
a trajetória de uma garota que entra em contato pela primeira vez com as
memórias familiares. Quem media esses conhecimentos - diretamente relacionados
à resistência dos povos indígenas no Brasil - para Zabelê é a mãe Ana, bióloga
que encontrou nas plantas um elo com os ancestrais.
A partir da narrativa de Ana, a garota descobre a história da
avó Maion, que lutou para sobreviver. Há muitos anos, a mulher precisou migrar
para o sertão após ter a moradia incendiada por pessoas que cobiçavam as terras
de seu povo. Grávida, ela seguiu viagem com seus companheiros até que resolveu
permanecer às margens de um rio quando chegou o momento de dar à luz à Ana.
Durante os anos que esteve sozinha, recebeu auxílio de Uiara e de ribeirinhas
até reencontrar seu povo.
Maion queria um nome que
escondesse sua criança dos que perseguiam o seu povo. Observou que a parteira
rezava para uma santa de nome Ana. Ela gostou do nome. O tempo passou… Maion,
então, conhecida como Luz, reencontrou parte de seus parentes vivendo no sertão
mineiro. Junto deles, eu passei parte de minha infância. (Maion – ancestralidade e história, pg.
17)
Entre as ilustrações de Vanessa Martinelli, os leitores aprendem
sobre desafios presentes na história dos povos indígenas no país, aproximam-se
de aspectos de nossa cultura e identificam-se com a busca de Zabelê pela
conexão com suas origens. Estes temas são adaptados para uma linguagem
acessível e lúdica às crianças e adolescentes com base nos anos de experiência
de Patrícia, doutora em Educação, professora e psicopedagoga, em sala de aula.
Maion – ancestralidade e história faz parte
do projeto Histori-se, uma revista on-line criada pela autora para divulgar
produções de mulheres. Na plataforma, o texto do livro está disponível gratuitamente em formato
digital para que todos possam reconhecer a memória e a
resistência dos povos indígenas.
Ficha Técnica
Título:
Maion – ancestralidade e história
Autora: Patrícia
Rodrigues Augusto Carra
Editora: Histori-se
ISBN: 978-65-58-72669-2
Páginas: 28
Onde comprar: Amazon ou pelo e-mail contato@historise.com.br
Patrícia Rodrigues Augusto Carra / Foto: Fabi Guedes
Sobre a
autora: Doutora em Educação, psicopedagoga, historiadora e
pesquisadora, Patrícia Rodrigues Augusto Carra atuou por décadas como
professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Aposentada desde 2020,
retomou o contato com o trabalho pedagógico por meio da fundação do Histori-se,
revista digital com publicações mensais de conteúdos produzidos por mulheres.
Estreou na literatura com o livro infantil “Maria Flor” e tem outros contos
publicados. Agora, lançou Maion
– ancestralidade e história, obra também focada nos pequenos
leitores. Nasceu em Manhumirim, em Minas Gerais, e mora em Porto Alegre, no Rio
Grande do Sul.
Redes sociais da autora:
Instagram: @patriciaaugustocarra
Facebook: /patricia.augustoc
Redes
sociais do Histori-se:
Instagram: @revistahistorise
Site: https://historise.com.br/
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