No período de 05/09/2016 a
11/09/2016 tivemos a primeira semana da leitura coletiva do livro “O Engenhoso
Cavaleiro Dom Quixote de La Mancha” (segundo livro), do escritor espanhol
Miguel de Cervantes Saavedra.
Em 1613, oito anos após a
publicação da primeira parte de Dom Quixote, Cervantes deu notícias sobre sua
intenção de publicar essa segunda parte. Até a publicação um outro autor,
Avellaneda, fez a continuação da obra se Cervantes sobre o cavaleiro. Ainda
hoje pairam incertezas acerca da identidade daquele autor, que fez o livro sem
anuência do escritor espanhol.
O volume de 1615 traz em
suas páginas preliminares três aprovações que, conforme nota são uma “espécie
de parecer censório redigido por letrados eclesiásticos a mando do Conselho
Geral da Inquisição”. Não era obrigatório, mas reproduziam tais aprovações no
próprio livro.
No prólogo ao leitor fica
claro o fato de que Cervantes não gostou do “Dom Quixote” feito por Avellaneda
e dos comentários daquele autor, que havia se referido a Saavedra como um velho
e maneta.
A dedicatória da obra de
Cervantes foi para o Conde Lemos, sétimo conde de Lemos (Galiza) que foi
mecenas de vários escritores do século de ouro espanhol.
O livro dois, que apresenta
a continuação da história do Cavaleiro da Triste Figura, começa ambientando a
história em um mês após o encerramento que houve no primeiro livro.
Dom Quixote, o padre e o
barbeiro iniciam uma conversa que inclui falar sobre cavalaria. Um trata a
história dos livros como fantasiosa e o outro vê os cavaleiros como aqueles em
que “puseram sobre seus ombros a defesa dos reinos, o amparo das donzelas, o
socorro dos órfãos e pupilos, o castigo dos soberbos e o prêmio dos humildes.”
Nessa parte da leitura
Sancho e Quixote tem uma conversa sobre a obra que fala da vida de Quixote e
sua jornada, que teria sido deixada escrita por Cide Hamete Benengeli. Sasón
Carrasco, bacharel que havia contado a Sancho que a história de Quixote estava
em livro, que recebeu o mesmo nome do primeiro tomo (Engenhoso Fidalgo Dom
Quixote de La Mancha), participa da conversa com o cavaleiro e seu escudeiro.
Participamos ainda de uma
conversa travada entre Sancho e sua esposa Teresa Pança. Ela não acredita que
ele receberá a ínsula que ainda aguarda para governar, mas diz a ele que faça o
que achar melhor: “... façais o que vos der gosto...”. Ela, uma mulher que
acredita que a esposa deve atender aos anseios do marido, o libera para seguir
sua jornada.
Dom Quixote e Sancho
conversam e o escudeiro quer um salário para seguir adiante com o cavaleiro, no
entanto, acabam por acordar que nada será pago. Para Quixote, que não leu nada
sobre pagamento nos livros de cavalaria que deu, tal exigência de Sancho não
pode ser cumprida. O escudeiro, mesmo assim, resolve acompanhá-lo e eles
partirão para uma jornada rumo a cidade de El Toboso.
A primeira semana da leitura
coletiva foi até a página 118, no caso do livro da Editora 34 (edição de bolso
com texto integral). Em 12 de setembro de 2016 iniciamos a segunda semana, que
vai do capítulo VIII até o capítulo XIV.
Pelas primeiras impressões fico com a expectativa de que o livro traga novas aventuras do cavaleiro, que nos faz rir e refletir.
Vale lembrar que projeto de
leitura coletiva é encabeçado pelo blog Companhia de Papel. Por meio da hastag
#LendoDomQuixote é possível acompanhar fotos e comentários postados nas redes
sociais.
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